Uma equipe de pesquisadores dos EUA declarou uma possível cura do HIV em uma mulher de 64 anos que vive com o vírus e um quadro de leucemia mieloide aguda. O tratamento usado pelos cientistas contou com um método inovador de transplante de células-tronco.
Segundo os pesquisadores, a mulher recebeu um transplante sanguíneo de células-tronco para tratamento da leucemia. Porém, depois disso, ela ficou livre do vírus HIV por 14 meses, mesmo após interromper o tratamento com os coquetéis de medicamentos antirretrovirais.
A pesquisa é parte de um estudo maior, que tem sido apoiado pelo governo dos Estados Unidos e é coordenado pelas professoras Yvonne Bryson, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e Deborah Persaud, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore.
O objetivo do estudo é acompanhar 25 pessoas, que vivem com o vírus HIV, e se submeteram a transplantes de células tronco retiradas do sangue do cordão umbilical. Além do HIV, os tratamentos também podem ser usados para o tratamento de câncer e outras doenças.
Estratégia não deve ser usada em larga escala
Segundo Lewin, porém, os transplantes de células-tronco não são uma estratégia viável em larga escala para o tratamento do HIV. Porém, o estudo confirmaria que a cura do HIV é perfeitamente possível, além de que o uso de terapia genética pode ser uma chave para chegar nesse objetivo.
O estudo também sugere a possibilidade de transplantar células-tronco sem o risco de um efeito colateral sério conhecido como doença do enxerto contra o hospedeiro. Essa condição faz com que células do sistema imunológico do doador ataquem o sistema imunológico do receptor do transplante.