No mundo todo, a prioridade dada a grupos mais expostos às formas graves de Covid-19 empurrou a imunização dos pequenos para o final da fila. Desde setembro, porém, ela é realidade em muitos países, e por aqui a Anvisa analisa pedidos nesse sentido.
No mundo todo, a prioridade dada a grupos mais expostos às formas graves de Covid-19 empurrou a imunização dos pequenos para o final da fila. Desde setembro, porém, ela é realidade em muitos países, e por aqui a Anvisa analisa pedidos nesse sentido. Nada mais oportuno, na avaliação de Marco Aurélio Sáfadi, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. Num momento em que outras faixas etárias já estão mais protegidas, é natural que a participação das crianças no universo de doentes aumente, e com ela a conveniência de vaciná-las. Além disso, diz Sáfadi, a “desproporcionalidade” com que a doença colhe vítimas entre os mais idosos “faz com que a gente se distraia” de uma estatística cruel: o Brasil tem uma das mais altas taxas de mortalidade por Covid entre crianças e adolescentes. Na contramão do Ministério da Saúde, que até aqui manifesta desinteresse em incluí-los no plano nacional, o infectologista defende a medida e prevê que “não vai parar por aí”: logo mais, segundo ele, estaremos discutindo a vacinação de bebês.